sexta-feira, 2 de abril de 2010

Inês de Castro na Dança

Pedro e Inês pela Companhia Nacional de Bailado



Reportagem da Sic Notícias

Inês de Castro na Música (II)

Cari Giorni - Inês de Castro (Giuseppe Persiani)



Cecilia Bartoli - Cari Giorni




Carl Maria von Weber - Inês de Castro - Concert aria




Niccolo Zingarelli - Inês de Castro - Quartetto




MARIA DRAGONI - OVE MI AGGIRO? FRA GLI ESTINTI? - 1° PARTE - DA INES DE CASTRO - PERSIANI

Inês de Castro na Música

José Cid - "Balada para D. Inês"

Inês de Castro no Cinema Europeu

Inês de Portugal de José Carlos de Oliveira




LA REINE MORTE de Pierre Boutron - Montherlant, 2009




A Vida Presa por um Fio

Inês de Castro no Teatro

Os assassínos de Inês de Castro por Núcleo 1408

terça-feira, 30 de março de 2010

Biografia de D. Pedro


D. Pedro I, filho de D. Afonso IV e da princesa Beatriz de Castela, nasceu a 8 de Abril de 1320, em Coimbra. Foi o oitavo rei de Portugal e teve como cognome O Justiceiro, devido ao espírito vingativo que mostrou, após a morte de Dona Inês de Castro.
Foi casado com Dona Branca de Castela, sua primeira mulher, que abandonou em consequência da sua debilidade física e mental. O seu segundo casamento foi com Dona Constança Manuel, que, quando veio para Portugal, trouxe consigo Dona Inês de Castro, uma das suas aias.
D. Afonso IV não aprovava o amor vivido entre D. Pedro e Dona Inês de Castro, aia galega da sua mulher Dona Constança. Consequentemente, Inês foi assassinada a mando do rei, para que D. Pedro voltasse à influência paterna. No entanto, isso não aconteceu. O sentimento de revolta pelo pai cresceu e D. Pedro não o perdoou.
Aquando da coroação de D. Pedro como rei de Portugal, este anunciou o seu casamento com Inês, que se realizara em sigilo antes da sua morte. Queria que a sua amada fosse lembrada como Rainha de Portugal.
D. Pedro I mandou matar dois dos assassinos de Inês de Castro: Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves. Segundo a lenda, mandou que arrancassem o coração pelo peito a um e a outro pelas costas. Assim se justifica o seu cognome.
A 18 de Janeiro de 1367 faleceu, em Estremoz.




Maria Beatriz

Biografia de Dona Inês de Castro


D.Inês de Castro, filha de Pedro Fernandes de Castro e de Aldonça Lourenço de Valadares, nasceu em 1320 ou em 1325, na Galiza, e morreu a 7 de Janeiro de 1355, em Coimbra. Esta nobre galega foi amada pelo príncipe D. Pedro, futuro D. Pedro I de Portugal, de quem teve quatro filhos, e, por isso, foi executada por ordem do pai deste, Afonso IV.

O Romance de D. Inês de Castro e de D. Pedro I iniciou-se em meados de 1339, após o casamento do príncipe Pedro, herdeiro do trono português, com Dona Constança, filha de D. João Manuel de Castela. Dona Inês seria uma das aias de Dona Constança. Este romance começou a ser comentada e mal aceite pela corte e pelo povo. D. Afonso IV não aprovava esta relação, por um lado, por respeito a D. João Manuel de Castela e, por outro lado, porque a amizade de D. Pedro com os irmãos de D. Inês - Fernando de Castro e Álvaro Pirez de Castro - fazia com que os fidalgos da corte portuguesa se sentissem ameaçados. Consequentemente, em 1344, o rei mandou exilar Dona Inês no Castelo de Alburquerque, na fronteira castelhana. No entanto, a distância não apagou o amor entre D. Pedro e Dona Inês que, segundo a lenda, continuavam a corresponder-se com frequência.

Em Outubro do ano seguinte, Dona Constança morreu ao dar à luz o príncipe D. Fernando, futuro D Fernando I de Portugal. Viúvo, Pedro mandou Inês regressar do exílio e os dois foram viver juntos, o que provocou um grande escândalo na corte. D. Afonso IV tentou casar novamente o seu filho com uma dama de sangue real. Mas, D. Pedro rejeitou este casamento, alegando que o desgosto provocado pelo falecimento da sua mulher ainda não lhe permitia pensar num novo casamento.

O nascimento dos filhos de Dona Inês e de D. Pedro e os boatos de que o príncipe tinha se casado secretamente com Inês agudizaram a situação. Receando que o infante D. Fernando, herdeiro legítimo de D. Pedro, fosse preterido na sucessão ao trono devido aos filhos bastardos do seu pai, D. Afonso IV ordenou a execução de Dona Inês de Castro.

A 7 de Janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos seus conselheiros e do povo e, aproveitando a ausência de D. Pedro numa excursão de caça, enviou Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco para matarem Dona Inês de Castro em Santa Clara.

A morte de Inês provocou a revolta de D. Pedro contra D. Afonso IV. Após meses de conflito, a rainha D. Beatriz conseguiu intervir para selar a paz em Agosto de 1355.


Pedro tornou-se no oitavo rei de Portugal em 1357. Em Junho de 1360, fez a declaração de Cantanhede, legitimando os filhos, ao afirmar que se tinha casado secretamente com Inês, em 1354, «em dia que não se lembrava». As palavras do rei e do seu capelão foram as únicas provas desse casamento.

De seguida, perseguiu os assassinos de D. Inês, que tinham fugido para o reino de Castela. Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves foram apanhados e executados (segundo a lenda, o rei mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro pelas costas, assistindo à execução enquanto se banqueteava). Diogo Lopes Pacheco conseguiu escapar para a França e, posteriormente, seria perdoado pelo rei no seu leito de morte. Devido à sua actuação contra os assassinos de D. Inês, D. Pedro I de Portugal foi cognominado o Cruel, o Cru, o Vingativo e o Justiceiro.

A tétrica cerimónia da coroação e do beija mão à rainha morta, que D. Pedro teria imposto à sua corte, tornar-se-ia numa das imagens mais vívidas no imaginário popular que terá provavelmente sido inserida nas narrativas do final do século XVI, depois da popularização do episódio d'Os Lusíadas.

D. Pedro mandou construir os dois esplêndidos túmulos de D. Pedro I e de Inês de Castro no mosteiro de Alcobaça, para onde transladou o corpo da sua amada Inês. Juntar-se-ia a ela em 1367 e os restos de ambos jazem juntos até hoje, frente a frente, para que, segundo a lenda, «possam olhar-se nos olhos quando despertarem no dia do juízo final».


Rui e Maria Beatriz

Inês de Castro na Poesia

A Lamentável Catástrofe de D.Inês de Castro

Da triste, bela Inês, inda os clarmores
Andas, Eco chorosa, repetindo;
Inda aos piedosos céus andas pedindo
Justiça contra os ímpios matadores;

Ouvem-se ainda na fonte dos Amores
De quando em quando as náiades carpindo:
E o Mondego, no caso reflectindo,
Rompe irado a barreira, alaga as flores.

Inda altos hinos o universo entoa
A Pedro, que da morta formosura
Convosco, Amores, ao sepulcro voa:

Milagre da beleza, e da ternura!
Abre, desce, olha, geme, abraça e c`roa
A malfadada Inês na sepultura.

Bocage

Comentário ao poema

Este poema retrata a catástrofe da morte de D. Inês de Castro.
O sujeito poético descreve a dor sentida por todos os elementos da natureza, que compartilham o sofrimento de Pedro. Por fim, o eu lírico enuncia as acções de Pedro depois da morte de Inês para coroá-la rainha.

Ana Francisca e Cátia Gomes, 9º A



INÊS DE PERTO E DE LONGE

A hora vespertina da penumbra
Inicia a viagem interior
Onde já tudo se apaga:
Jardins, musgos e fontes.
A terra prometida
Vem pela manhã,
No mel claro ou rosto
Que amacia os horizontes.
Arrefece ainda nas pedras,
Cicatrizes de presença.
Mas neste deserto diário
Há o oásis no outro lado.
Turva-se a memória
No caminho ébrio,
Cruzado do destino
Do ter ou do viver.
Fino gume tem o instinto
De mais alvorecer.
Na luz modulante da lua
Os anjos corrigem a noite.

Eduardo Aroso



A LAMENTÁVEL CATÁSTROFE DE INÊS DE CASTRO

Antes do fim do mundo, despertar,
Sem D. Pedro sentir,
E dizer às donzelas que o luar
E o aceno do amado que há-de vir...

E mostrar-lhes que o amor contrariado
Triunfa até da própria sepultura:
O amante, mais terno e apaixonado,
Ergue a noiva caída à sua altura.

E pedir-lhes, depois fidelidade humana
Ao mito do poeta, à linda Inês...
À eterna Julieta castelhana
Do Romeu português

Miguel Torga


INÊS MORREU

Inês morreu e nem se defendeu
da morte com as asas das andorinha
pois diminuta era a morte que esperava
aquela que de amor morria cada dia
aquela ovelha mansa que até mesmo cansa
olhar vestir de si o dia-a-dia
aquele colo claro sob o qual se erguia
o rosto envolto em loura cabeleira
Pedro distante soube tudo num instante
que tudo terminou e mais do que a Inês
o frio ferro matou a ele.
Nunca havia chorado é a primeira vez que chora
agora quando a terra já encerra
aquele monumento de beleza
que pode Pedro achar em toda a natureza
que pode Pedro esperar senão ouvir chorar
as próprias pedras já que da beleza
se comovam talvez uma vez que os humanos
corações consentiram na morte da inocente Inês
E Pedro pouco diz só diz talvez
Satanás excedeu o seu poder em mim
deixem-me só na morte só na vida
a morte é sem nenhuma dúvida a melhor jogada
que o sangue limpe agora as minhas mãos
cheias de nada
ó vida ó madrugada coisas do princípio vida
começada logo terminada.

Ruy Belo


D.INÊS DE CASTRO

Choram ainda a tua morte escura
Aquelas que chorando a memoraram;
As lágrimas choradas não secaram
Nos saudosos campos da ternura.

Santa entre as Santas pela má ventura,
Rainha, mais que todas que reinaram,
Amada, os teus amores não passaram
E és sempre bela e viva e loira e pura.

linda, sonha aí, posta em sossego
No teu muymento de alva pedra tina,
Como outrora na Fonte do Mondego.

Dorme, sombra de graças e de saudade,
Colo de Graças, amor, moço menina,
Bem-amada por toda a eternidade!

Afonso Lopes Vieira

segunda-feira, 29 de março de 2010

Inês de Castro na Ópera

Ópera de James MacMillan

sábado, 27 de março de 2010

Outros Pares Românticos


Tristão e Isolda

Esta lenda de origem medieval foi contada e recontada ao longo dos séculos. O mito de Tristão e Isolda tem provável origem em lendas que circulavam entre os povos celtas do norte da Europa, ganhando uma forma mais ou menos definitiva graças às obras literárias escritas por autores normandos no século XII.

Segundo a lenda, o cavaleiro Tristão viajou até à Irlanda para trazer a bela princesa Isolda para casar com Marc, o tio de Tristão. Durante a viagem de regresso à Grã-Bretanha, os dois jovens acidentalmente beberam uma poção de amor mágica, que se destinava a Isolda e a Marc. Devido a essa poção, Tristão e Isolda apaixonaram-se perdidamente e de maneira irreversível.
De volta à corte, Isolda casou-se com Marc, mas mantinha um romance secreto com Tristão. Este romance acabou por ser descoberto e Tristão foi banido do reino, casando-se com Isolda das Mãos Brancas, uma princesa da Bretanha. Contudo, o seu amor pela primeira Isolda nunca cessou.
Depois de muitas aventuras, Tristão foi mortalmente ferido por uma lança e mandou que procurassem Isolda para que ela o curasse. Enquanto ela vinha a caminho, a esposa de Tristão, Isolda das Mãos Brancas, enganou-o, fazendo-o acreditar que Isolda não viria para vê-lo. Tristão faleceu e Isolda, ao encontrá-lo morto, morreu de tristeza.

Simão Botelho e Teresa de Albuquerque

A obra Amor de Perdição ,de Camilo Castelo Branco, narra o amor infeliz de dois jovens, Simão Botelho e Teresa de Albuquerque. Os dois viveram uma profunda paixão proibida por causa da inimizade das suas famílias.
O pai de Teresa pretendia casá-la com um primo. No entanto, esta recusou. Diante da recusa de Teresa, o seu pai e o seu primo decidiram encerrar a jovem num convento. Contudo, este facto não conseguiu separar Simão e Teresa que continuavam a comunicar-se por cartas. Um dia, Simão tentou encontrá-la no claustro, enfrentando, assim, o pai da jovem e o seu noivo, o que desencadeou um conflito que terminou com o assassínio do primo de Teresa por Simão. Depois de se ter entregado à justiça, Simão foi condenado ao exílio na Ásia por dez anos. Atormentados pelo sofrimento, os dois jovens adoeceram, Teresa no convento e Simão na prisão. Ela morreu quando ele partia para o degredo e este acabou por falecer a bordo do navio.

Pímaro e Tisbe

Píramo era um jovem apaixonado por Tisbe, mas o amor de ambos foi proibido pelos seus pais que levantaram um muro em volta de ambas as casas, impedindo, assim, os jovens de se verem. Contudo, estes continuavam a falar um com o outro por por um pequeno buraco do muro.
Um dia, o casal resolveu fugir, marcando um encontro no vale. Aquele que chegasse primeiro esperaria pelo outro. Assim fez Tisbe que chegou primeiro. No entanto, a certa altura, Tisbe ouviu o uivo de uma leoa que vinha em sua direcção para beber água no rio, pois havia acabado de comer uma presa e tinha sede. A jovem subiu a uma árvore para se esconder, mas, ao correr, deixou cair o manto que a agasalhava. Após ter saciado a sua sede, a leoa seguiu o seu caminho. Todavia, ao passar pelo manto, começou a brincar com ele, despedaçando-o e sujando-o de sangue.
Tempos depois, Píramo chegou ao local. Chamava por Tisbe, mas não a via. A certa altura, avistou um manto rasgado e sujo de sangue,apavorado, pegou nele e reconheceu-o. Gritou e pegou num punhal e matando-se. A alguns metros dali, Tisbe ouviu uma voz e foi ver quem era. Ao chegar ao local, viu o corpo de Píramo caído. Chorando, pegou no punhal de Píramo e enterrou-o no seu coração. Píramo abriu os olhos, sorriu vagamente e suspirou pela última vez.

Romeu e Julieta

Um dia, o pai de Julieta organizou uma grande festa para a qual convidou todos os amigos da família. Como é evidente, a família dos Montagues não fazia parte da lista dos convidados, já que os Capulet e os Montagues eram famílias rivais. Contudo, um membro dos Montagues, Romeu, que estava interessado em Rosaline, uma jovem que foi convidada para a festa, entrou disfarçado na festa para a poder ver. Já lá dentro, a sua atenção voltou-se para Julieta e não para Rosaline. Mal a viu, apaixonou-se pela jovem. De igual modo, Romeu também não passou despercebido a Julieta.
Mais tarde, depois de descobrir que o jovem por quem estava apaixonada era o filho da família inimiga, Julieta foi para a varanda e contou às estrelas que tinha um amor proibido. Romeu, escondido nuns arbustos por baixo da varanda, ouviu as confissões de Julieta e não resistiu a apresenta-se à jovem, dizendo-lhe que também estava apaixonado por ela.
Com a ajuda de um amigo, Romeu e Julieta casaram-se secretamente no dia seguinte.
No dia do casamento, dois amigos de Romeu passeavam pelas ruas, quando encontraram um primo de Julieta. Este ouvira dizer que Romeu tinha estado presente na casa dos seus tios e andava à sua procura para se vingar. Ao ver os amigos de Romeu, começou a discutir com eles. Entretanto, Romeu apareceu e fez perceber que não queria envolver-se em rixas. Porém, um amigo de Romeu morreu durante a discussão e Romeu vingou-o, matando o primo de Julieta com um golpe de espada. Este golpe fez com que Romeu passasse a ser ainda mais odiado pela família de Julieta. Por fim, para o castigar, o príncipe de Verona expulsou Romeu da cidade.
Posteriormente, o pai de Julieta, que não sabia do seu casamento com Romeu, resolveu casá-la com um jovem chamado Paris. Desesperada, Julieta pediu ajuda e aconselharam-na a concordar com o casamento e a beber uma poção, na manhã do casamento, que faria com que ela parecesse morta. Entretanto, Romeu seria avisado e iria buscá-la ao jazigo da sua família. Julieta fez tudo o que haviam combinado. No entanto, Romeu ouviu a notícia da morte de Julieta. Desfeito de dor, comprou um frasco de veneno e foi até ao jazigo onde se encontrava Julieta para morrer ao lado da sua amada. À porta do jazigo encontrou Paris e foi forçado a lutar com ele, acabando por matá-lo. Já dentro do jazigo, Romeu bebeu o veneno e morreu ao lado da sua amada. Momentos depois, Julieta acordou e viu a seu lado o corpo morto do seu marido. Desesperada, Julieta pegou no punhal de Romeu e matou-se, pois já não tinha motivos para viver.

Trabalho realizado por Alfredo, Joana e Luísa

Inês da Castro na Literatura

O JULGAMENTO DE INÊS DE CASTRO
Artur Pedro Gil
MENSAGEMM DE INÊS DE CASTRO

Francisco Cândido Xavier, Caio Ramacciotti


A RAINHA MORTA E O REI SAUDADE, 2005


António Cândido Franco





INÊS DE CASTRO: A ÉPOCA E A MEMÓRIA, 2008
Ana Paula Torres Megiani (Org.) Jorge Pereira de Sampaio (Org.)


Inês de Castro na Pintura


Súplica de Inês de Castro, de Vieira Portuense

A pintura Súplica de Inês de Castro, de Vieira Portuense, pertence actualmente à colecção da Fundação Caixa Geral de Depósitos e encontra-se depositada no Museu Nacional de Arte Antiga.

Cartas de Amor

Coimbra, Dezembro de 1345


Meu querido amor,

As minhas saudades são cada vez maiores e o meu amor por si vai aumentando a cada dia que passa.
Este ano é doloroso para ambos, a morte de Dona Constança trouxe-nos dor e tristeza. Para si, por ser mãe dos seus filhos; para mim, por ser uma grande amiga e confidente.
A tragédia foi grande, mas, meu amor, é sempre nos teus braços que encontro consolação.
Estas longas noites de Inverno aumentam as saudades e fortalecem o meu coração. Quem me dera poder matar esta paixão que sinto por si, quem me dera poder voltar atrás e nunca ter acompanhado Dona Constança. A minha paixão é tanta que nada a pode apagar.
Oh! Meu amor! Que triste, alegre e invulgar vida, a nossa.

Sempre ansiosa pelo reencontro…

Do teu grande amor,
Inês

Poemas dedicados a Inês de Castro

Pedro era o seu amor,
Foi vítima duma traição,
Está na paz do Senhor,
Inês, que grande coração.

Após a sua triste morte,
Foi rainha de Portugal.
Porém ainda teve a sorte,
Ter um mausoléu imortal.

Amor é algo infinito,
É fogo que arde sem se ver!
Ficará sempre no espírito,
Jamais se poderá esquecer.

Ana Francisca 9º A


Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.

Eugénio de Andrade

sexta-feira, 26 de março de 2010

Quinta das Lágrimas

A Quinta das Lágrimas foi o local onde D.Pedro e Dona Inês de Castro se encontravam secretamente. Aprenda mais sobre este belíssimo local com o vídeo que se segue:



Comentário

Esta apresentação em Power Point proporciona uma vista geral da importância da Quinta das Lágrimas para a relação de Dona Inês e D. Pedro, abordando aspectos reais e lendários.
Como mencionei anteriormente, este trabalho dá-nos apenas uma vista muito generalizada, tendo uma grande falta de detalhes, especialmente quando fala sobre os jardins, pois são apresentadas apenas algumas imagens, o que diminui o seu esplendor.
Inicialmente, a apresentação delicia o leitor com uma pequena introdução ao amor de Dona Inês e de D.Pedro. No entanto, acaba por interromper essa sensação com uma imagem menos bela da sua localização, que, na minha opinião, deveria estar no final. Após interromper o ambiente que se esforçaram por criar, voltam à história, mas desta vez falam mais sobre a quinta em si. Esta parte está mais completa e explica, de forma razoável, o que por lá aconteceu e apresenta os locais a visitar.
Por fim, gostava de dizer que esta pequena apresentação, apesar de não ter grandes detalhes, consegue dar valor a este local histórico e, tendo em conta as suas falhas, penso que é possível apreciar o esforço exercido por quem a elaborou.

quinta-feira, 25 de março de 2010

O Amor de Inês de Castro e D.Pedro

Segundo a lenda, o amor de D. Pedro e Dona Inês é eterno. Hoje eles estão juntos no Mosteiro de Alcobaça, onde no dia do Juízo Final se reencontrarão. Mas como terá sido ao certo a sua história de amor?