Coimbra, Dezembro de 1345
Meu querido amor,
As minhas saudades são cada vez maiores e o meu amor por si vai aumentando a cada dia que passa.
Este ano é doloroso para ambos, a morte de Dona Constança trouxe-nos dor e tristeza. Para si, por ser mãe dos seus filhos; para mim, por ser uma grande amiga e confidente.
A tragédia foi grande, mas, meu amor, é sempre nos teus braços que encontro consolação.
Estas longas noites de Inverno aumentam as saudades e fortalecem o meu coração. Quem me dera poder matar esta paixão que sinto por si, quem me dera poder voltar atrás e nunca ter acompanhado Dona Constança. A minha paixão é tanta que nada a pode apagar.
Oh! Meu amor! Que triste, alegre e invulgar vida, a nossa.
Sempre ansiosa pelo reencontro…
Do teu grande amor,
Inês
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