sábado, 27 de março de 2010

Outros Pares Românticos


Tristão e Isolda

Esta lenda de origem medieval foi contada e recontada ao longo dos séculos. O mito de Tristão e Isolda tem provável origem em lendas que circulavam entre os povos celtas do norte da Europa, ganhando uma forma mais ou menos definitiva graças às obras literárias escritas por autores normandos no século XII.

Segundo a lenda, o cavaleiro Tristão viajou até à Irlanda para trazer a bela princesa Isolda para casar com Marc, o tio de Tristão. Durante a viagem de regresso à Grã-Bretanha, os dois jovens acidentalmente beberam uma poção de amor mágica, que se destinava a Isolda e a Marc. Devido a essa poção, Tristão e Isolda apaixonaram-se perdidamente e de maneira irreversível.
De volta à corte, Isolda casou-se com Marc, mas mantinha um romance secreto com Tristão. Este romance acabou por ser descoberto e Tristão foi banido do reino, casando-se com Isolda das Mãos Brancas, uma princesa da Bretanha. Contudo, o seu amor pela primeira Isolda nunca cessou.
Depois de muitas aventuras, Tristão foi mortalmente ferido por uma lança e mandou que procurassem Isolda para que ela o curasse. Enquanto ela vinha a caminho, a esposa de Tristão, Isolda das Mãos Brancas, enganou-o, fazendo-o acreditar que Isolda não viria para vê-lo. Tristão faleceu e Isolda, ao encontrá-lo morto, morreu de tristeza.

Simão Botelho e Teresa de Albuquerque

A obra Amor de Perdição ,de Camilo Castelo Branco, narra o amor infeliz de dois jovens, Simão Botelho e Teresa de Albuquerque. Os dois viveram uma profunda paixão proibida por causa da inimizade das suas famílias.
O pai de Teresa pretendia casá-la com um primo. No entanto, esta recusou. Diante da recusa de Teresa, o seu pai e o seu primo decidiram encerrar a jovem num convento. Contudo, este facto não conseguiu separar Simão e Teresa que continuavam a comunicar-se por cartas. Um dia, Simão tentou encontrá-la no claustro, enfrentando, assim, o pai da jovem e o seu noivo, o que desencadeou um conflito que terminou com o assassínio do primo de Teresa por Simão. Depois de se ter entregado à justiça, Simão foi condenado ao exílio na Ásia por dez anos. Atormentados pelo sofrimento, os dois jovens adoeceram, Teresa no convento e Simão na prisão. Ela morreu quando ele partia para o degredo e este acabou por falecer a bordo do navio.

Pímaro e Tisbe

Píramo era um jovem apaixonado por Tisbe, mas o amor de ambos foi proibido pelos seus pais que levantaram um muro em volta de ambas as casas, impedindo, assim, os jovens de se verem. Contudo, estes continuavam a falar um com o outro por por um pequeno buraco do muro.
Um dia, o casal resolveu fugir, marcando um encontro no vale. Aquele que chegasse primeiro esperaria pelo outro. Assim fez Tisbe que chegou primeiro. No entanto, a certa altura, Tisbe ouviu o uivo de uma leoa que vinha em sua direcção para beber água no rio, pois havia acabado de comer uma presa e tinha sede. A jovem subiu a uma árvore para se esconder, mas, ao correr, deixou cair o manto que a agasalhava. Após ter saciado a sua sede, a leoa seguiu o seu caminho. Todavia, ao passar pelo manto, começou a brincar com ele, despedaçando-o e sujando-o de sangue.
Tempos depois, Píramo chegou ao local. Chamava por Tisbe, mas não a via. A certa altura, avistou um manto rasgado e sujo de sangue,apavorado, pegou nele e reconheceu-o. Gritou e pegou num punhal e matando-se. A alguns metros dali, Tisbe ouviu uma voz e foi ver quem era. Ao chegar ao local, viu o corpo de Píramo caído. Chorando, pegou no punhal de Píramo e enterrou-o no seu coração. Píramo abriu os olhos, sorriu vagamente e suspirou pela última vez.

Romeu e Julieta

Um dia, o pai de Julieta organizou uma grande festa para a qual convidou todos os amigos da família. Como é evidente, a família dos Montagues não fazia parte da lista dos convidados, já que os Capulet e os Montagues eram famílias rivais. Contudo, um membro dos Montagues, Romeu, que estava interessado em Rosaline, uma jovem que foi convidada para a festa, entrou disfarçado na festa para a poder ver. Já lá dentro, a sua atenção voltou-se para Julieta e não para Rosaline. Mal a viu, apaixonou-se pela jovem. De igual modo, Romeu também não passou despercebido a Julieta.
Mais tarde, depois de descobrir que o jovem por quem estava apaixonada era o filho da família inimiga, Julieta foi para a varanda e contou às estrelas que tinha um amor proibido. Romeu, escondido nuns arbustos por baixo da varanda, ouviu as confissões de Julieta e não resistiu a apresenta-se à jovem, dizendo-lhe que também estava apaixonado por ela.
Com a ajuda de um amigo, Romeu e Julieta casaram-se secretamente no dia seguinte.
No dia do casamento, dois amigos de Romeu passeavam pelas ruas, quando encontraram um primo de Julieta. Este ouvira dizer que Romeu tinha estado presente na casa dos seus tios e andava à sua procura para se vingar. Ao ver os amigos de Romeu, começou a discutir com eles. Entretanto, Romeu apareceu e fez perceber que não queria envolver-se em rixas. Porém, um amigo de Romeu morreu durante a discussão e Romeu vingou-o, matando o primo de Julieta com um golpe de espada. Este golpe fez com que Romeu passasse a ser ainda mais odiado pela família de Julieta. Por fim, para o castigar, o príncipe de Verona expulsou Romeu da cidade.
Posteriormente, o pai de Julieta, que não sabia do seu casamento com Romeu, resolveu casá-la com um jovem chamado Paris. Desesperada, Julieta pediu ajuda e aconselharam-na a concordar com o casamento e a beber uma poção, na manhã do casamento, que faria com que ela parecesse morta. Entretanto, Romeu seria avisado e iria buscá-la ao jazigo da sua família. Julieta fez tudo o que haviam combinado. No entanto, Romeu ouviu a notícia da morte de Julieta. Desfeito de dor, comprou um frasco de veneno e foi até ao jazigo onde se encontrava Julieta para morrer ao lado da sua amada. À porta do jazigo encontrou Paris e foi forçado a lutar com ele, acabando por matá-lo. Já dentro do jazigo, Romeu bebeu o veneno e morreu ao lado da sua amada. Momentos depois, Julieta acordou e viu a seu lado o corpo morto do seu marido. Desesperada, Julieta pegou no punhal de Romeu e matou-se, pois já não tinha motivos para viver.

Trabalho realizado por Alfredo, Joana e Luísa

Sem comentários:

Enviar um comentário